Profissões e skills mais valorizadas no mercado de trabalho

As skills mais valorizadas no mercado de trabalho estão cada vez mais relacionadas com a rápida transformação digital nas empresas e com a aceleração da tecnologia.

Com o avanço rápido da tecnologia, as skills são cada vez mais uma moeda de troca entre a força laboral e as entidades empregadoras, sendo que o paradigma de contratações está a mudar.

Este tem vindo a basear-se muito mais nas soft e hard skills e menos em graus académicos, que sem formação e updates contínuos se tornam rapidamente obsoletos.

 

O que são soft e hard skills?

 

As soft skills são habilidades comportamentais que dizem respeito a atributos pessoais, importantes para o desempenho das funções, mas que dizem respeito ao carácter, atitudes e aptidões dos indivíduos.

Como exemplo temos a capacidade de trabalhar em equipa, liderança, flexibilidade ou capacidade de auto-gestão.

Já as hard skills são habilidades técnicas, que dizem respeito a conhecimentos e capacidades técnicas adquiridos em cursos específicos ou pela experiência da pessoa.

Estas são inerentes à função que o colaborador irá desempenhar, e normalmente aparecem especificadas nas vagas de emprego, como por exemplo, saber trabalhar com uma plataforma específica, ou ter um nível avançado de excel.

 

Algumas competências que se tornaram valiosas nas empresas

 

Com a pandemia, verificou-se, por parte das empresas, a necessidade de inserirem, nos seus departamentos, colaboradores capazes de se adaptarem a desafios complicados e a situações diferentes do habitual, como foi exemplo o regime de teletrabalho em massa.

Muitas das vezes, os RH pedem exemplos aos candidatos de situações onde o colaborador teve necessidade de se adaptar, resolver um problema ou corrigir um erro, sendo os candidatos que passaram por este tipo de experiências valorizados.

As aptidões tecnológicas também são skills transversais a todos os setores de atividade, hoje mais do que nunca. Mesmo em setores cuja transformação digital não é tão rápida verifica-se a necessidade de colaboradores que facilmente saibam realizar uma videoconferência, e se sintam capazes de trabalhar com plataformas de colaboração e de partilha de arquivos entre equipas.

Algumas das competências mais valorizadas pelas empresas atualmente passam pelo inglês avançado, conhecimentos em cibersegurança e ferramentas ERP.

 

Os trabalhos e as skills mais valorizadas no futuro

 

Então quais serão os trabalhos e as skills mais procuradas no mercado no futuro? O relatório “The Future os Jobs 2020” do Word Economic Forum mapeia os empregos e habilidades do futuro, fazendo uma estimativas a 5 anos: 2020- 2025.

 

Profissões que irão ter elevada procura:

 

Segundo o relatório, as 10 profissões com maior crescimento de procura pelas empresas serão: analistas/cientistas de dados; técnicos de AI e machine learning; especialistas em big data; profissionais em estratégia de marketing digital, profissionais de desenvolvimento de negócios; especialistas em transformação digital; analistas de segurança da informação; desenvolvedores de softwares e API´s, especialistas em “Internet of things” e Gestores de Projetos.

Na mesma análise, destaca-se o crescimento da procura por gestores de bases de dados, engenheiros de robótica, reparadores de maquinaria e especialistas em análise de riscos, entre outros.

 

As skills mais valorizadas no futuro:

 

No mesmo relatório, é possível ver o top de skills do futuro, nomeadamente:

• Pensamento analítico e orientado para a inovação;
• Auto-aprendizagem contínua;
• Capacidade de resolução de problemas complexos;
• Pensamento crítico;
• Criatividade, originalidade e tomada de iniciativa;
• Capacidade de liderança e de influenciar os outros;
• Aptidões tecnológicas;
• Aptidões para a programação;
• Resiliência, flexibilidade e tolerância ao stress;
• Capacidade de resolução de problemas;
• Inteligência emocional;
• Solução de problemas;
• Orientação para a experiência do utilizador.

 

Conclusão

 

O talento retido nas empresas é essencial para o seu crescimento, sendo que as mesmas devem estar atentas às competências que estão a ser valorizadas no mercado, que estão a emergir e a ter um crescimento acelerado, para conseguir manter a vantagem competitiva dentro da sua área de negócio.

Lembre-se que, em Portugal, todas as empresas devem dar 40 horas de formação contínua por ano, a pelo menos 10% dos seus colaboradores.

A formação pode ser utilizada de forma estratégica para potencializar as competências que pretende desenvolver nos seus recursos humanos.

O artigo sobre formação, ajuda-o a saber como traçar um plano de formação profissional para a sua empresa.