A transformação digital na criatividade: como a IA está a mudar a forma de criarmos

A transformação digital na criatividade: como a IA está a mudar a forma de criarmos

A inteligência artificial e a criatividade digital estão a transformar profundamente a forma como criamos e inovamos. Durante muito tempo, a criatividade foi vista como uma capacidade exclusivamente humana — um domínio da emoção, intuição e experiência. No entanto, a inteligência artificial (IA) veio mudar este paradigma, tornando-se parte integrante do dia-a-dia das indústrias criativas, antes consideradas apenas ficção científica.

Atualmente, existem ferramentas de IA que escrevem textos, criam imagens, compõem músicas, editam vídeos e até desenvolvem campanhas publicitárias. Plataformas como o ChatGPT, DALL·E, Runway ou Sora permitem gerar conteúdos de forma autónoma, eficiente e, com mais impacto emocional.

Mas, esta transformação digital da criatividade vai muito além da simples automação de tarefas. A IA  está a tornar-se uma nova forma de expressão tecnológica, que potencia a criatividade humana. Estas ferramentas não substituem os criativos — amplificam as suas ideias, exploram múltiplas possibilidades em segundos e libertam tempo para o pensamento estratégico.

O papel das indústrias criativas na era da transformação digital

Neste novo cenário, e conforme refere Andreia Vieira no seu artigo de opinião Criatividade digital: Quando a IA começa a imaginar por nós, a criatividade torna-se mais colaborativa, híbrida e inclusiva. Um dos impactos mais relevantes da inteligência artificial na criatividade é a democratização da criação de conteúdos. Atualmente, pequenos negócios, freelancers e jovens talentos conseguem produzir materiais com qualidade profissional, mesmo sem grandes recursos financeiros ou técnicos.

A transformação digital da criatividade através da IA, obriga agências, departamentos de marketing e meios de comunicação a repensarem os seus modelos. O valor deixa de estar apenas no conteúdo final e passa a estar na curadoria, na originalidade da ideia e na capacidade de dar sentido ao que é gerado pela IA.

Ética, literacia digital e responsabilidade

Apesar das oportunidades, o uso da inteligência artificial na criatividade levanta desafios éticos e formativos. Saber utilizar IA de forma consciente exige mais do que domínio técnico — é necessário espírito crítico, literacia digital e responsabilidade. As equipas de comunicação devem integrar estas tecnologias com transparência e estratégia, assumindo o seu uso de forma clara e ética. A criatividade continua presente, agora sob novas formas. Esta fusão entre lógica e imaginação mostra que a criatividade não desaparece — evolui e adapta-se.

Criatividade e inteligência artificial: uma nova era

Para Andreia Vieira, “se há uma grande lição nesta nova era, é esta: a criatividade não está em risco — está a reinventar-se e a expandir fronteiras. E é nesse novo território que o papel humano ganha relevância: não para competir com a IA, mas para a conduzir com propósito, sensibilidade e visão”.

Fonte: Marketeer